Meu TIM Festival

Não acho que o festival foi um fiasco, não. Tudo depende do ponto de vista e do foco de cada um. Pra turma que só se importa com eletrônico, devo concordar, foi um lixo. Ainda mais se tiver tido o desprazer de assistir às atrações sofríveis na The Week, em SP, como eu. Nem o coitado do Lindstrom, deslocado no line-up, conseguiu aliviar a frustração. Agora, se o leque de gosto musical for mais amplo, eu acho que o saldo do TIM é até positivo. Cat Power e Anthony & The Johnsons fizeram shows excelentes. No Anhembi, apesar do formato desumano pra quem tem mais de 30 anos e mais o que fazer do que passar a noite de pé no cimento, com trabalho esperando na segundona e tendo que amargar falta de bebida às dez da noite, eu acho que valeu.

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Achei a Bjork foda demais, puta show! E mesmo amigos que não curtem tanto a música reconheceram ao meu lado que ela mandou muito bem. Pra quem gosta da música então, foi bom demais. Até porque ela cantou várias antigas. A produção é impecável. Visual e sonora. Freak sim, mas com todo o meu respeito.

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Juliette Lewis parece à vontade no papel de Lady Rock´n´Roll. Contorcionista das boas, parece feita de borracha. E mesmo se por vezes é afetada demais, a ex-assassina por natureza se revelou uma show woman de primeira. Além de linda e com o melhor figurino da noite (o da Bjork era bom também). O marketing é tão bem feito que tem até uma tentativa forçada de tirar o foco dela: ela só se refere à banda como The Licks, nada de Juliette. E até os bem escolhidos músicos têm seu momento clube das mulheres, tirando a camisa no meio do show e fazendo pose de go-go boys na beira do palco. No caso dela, a música é quase um detalhe.

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Os Arctic Monkeys podem não agradar a todos, mas tenho que reconhecer que são competentíssimos no que fazem. Rock curto e grosso, com todo o tempero british de ser. Como show, nota 9.

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Já na raspa do tacho das minhas forças, azedo e encanadíssimo com trabalho de segunda-feira, esperei três músicas do The Killers antes de me retirar. Pop para as massas. O U2 encontrou seu substituto. Já vejo o Sr. Brandon Flowers (com tanta flor no palco, nome mais apropriado não tem, né?) de chapéu de vaqueiro e óculos máscara pregando o fim da fome no Gabão. Quanta cafonice. Funciona, admito. Mas é tudo tão over, da cenografia aos trejeitos dos integrantes, que Wagner Moura devia ter aproveitado que esteve no Anhembi para empunhar um microfone e gritar: “Flowers, o senhor é um fanfarrão!”
Meu saldo? Positivo com ressalvas. Mas me diverti, que é o que importa numa ocasião destas.

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Ah!! Esqueci de comentar sobre o Hot Chip! Apesar de prejudicados pela falha no som, achei MUITO bom!! Conhecia pouco e virei fã. Com direito a cover de Temptation, do New Order. Pra mim, um dos melhores da noite.

4 Respostas to “Meu TIM Festival”

  1. Eh, fui embora no meio do Artic Monkeys… nao aguentei! Minha salvaçao era o energético, mas acabou no meio da programação… Achei que a Juliette esperou a galera gritar “bis”mas nao rolou!

  2. eu tb acho que o tim não foi um fiasco. acho que essa foi uma das melhores edições. só que precisa de umas arrumadinhas ali, outras aqui, e etc… nem acredito que vou perder os killers, os hot chip e a bjork em curitiba. mas enfim, é a vida né ? hahahahhah.

  3. Annia Walker Says:

    eu fui nesse dia em SP…

    um dos melhores dias da minha vida!!!

  4. inesquecivel,ate hoje (11/04/08) ñ esqueço.

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